sábado, 22 de março de 2008

Distrito - Falências cresceram mas desemprego caiu

No ano em que um número recorde de empresas faliu no distrito de Viseu (65 no total), o desemprego decresceu. Caiu 7,2% comparando Janeiro de 2007 com o mesmo período homólogo de 2008. Os dados são do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O paradoxo tem explicação. "Radica no facto de a dinâmica empreendedora do distrito, criar um número de empresas muito superior ao das que encerram", refere João Cotta, presidente da Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV).
O dirigente sustenta a afirmação com números que dispõe 576 sociedades constituídas em 2005 e 640 em 2004. "Depois temos ainda as empresas 'locomotiva', como a Martifer, Visabeira ou a Labesfal, que criam muitos postos de trabalho. E isto sem falar das grandes superfícies, também grandes geradoras de emprego", acrescentou.
João Cotta garante que as empresas no distrito atravessam um bom momento de forma. "A excepção é o comércio".
Os números do IEFP, comparando Janeiro de 2007 com Janeiro de 2008, apontam para uma descida do número de desempregados. Há menos 1.279 inscritos, uma redução de 7,2%.

Dos 24 concelhos, só em seis se registou aumento do desemprego. Nelas aparece à cabeça, com uma subida de 15,6%, que representa mais 106 trabalhadores sem actividade. O encerramento da Johnson Controls, que lançou para a rua mais de 600 pessoas, pode ser uma das explicações.
Ao contrário, o concelho mais empreendedor, aquele que baixou de forma mais significativa a taxa de desemprego, foi Oliveira de Frades, que registou menos 103 trabalhadores inactivos, uma redução de 33,4%.
Recorde-se que O. Frades é o município onde está sediada a Martifer, a empresa portuguesa que registou melhores resultados de exploração em 2007.
Registo positivo apresenta também Tarouca, que quebrou o desemprego em 32,3%, menos 138 pessoas. Penedono, o concelho mais pequeno e menos povoado do distrito de Viseu, é outro destaque, igualmente pela positiva, por quer reduzido a taxa em 28,3%, que representa menos 43 trabalhadores. Moimenta da Beira, registou apenas menos 3 (de 472 para 469) trabalhadores inactivos, uma redução de 0,6%. Fonte: JN (by:Rui Bondoso)

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3 comentários:

Moimentense de Gema disse...

Falando apenas no nosso concelho acho q nos falta uma indústria q revitalize a nossa mão-de-obra e nos leve a um progresso sustentado...
O nosso sector secundário é muito exíguo e tem q s desenvolver...
O exemplo da Martifer uma empresa de exploração de ferro, aço, energias éolicas demonstra o q uma empresa pode alterar um concelho( vejamos a evolução daquele concelho e a queda em 30% do desemprego)
Por mais difícil que seja, é esse o caminho q temos q seguir para nos mantermos "vivos" neste interior carecido de muitas coisas

Cumprimentos
JP

Anónimo disse...

Faltam-nos vias de comunicação que sustentem esse desenvolvimento e evolução. Será por isso que ninguém arrisca?

Anónimo disse...

Faltam-nos vias de comunicação que sustentem esse desenvolvimento e evolução. Será por isso que ninguém arrisca?