sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Escolas profissionais preocupadas com futuro

As direcções das escolas profissionais do distrito de Viseu estão preocupadas com o futuro das instituições que lideram. Com a abertura de cursos profissionais na escolas públicas, "duplica e até triplica a oferta" educativa, enquanto o número de alunos continua a diminuir.

Neste ano lectivo que começa, a maioria dos 14 estabelecimentos de ensino profissional de Viseu preencheu por completo as vagas. No entanto, todos os directores assumem que houve, em termos gerais, uma diminuição da procura. A maioria das escolas começa já a traçar alternativas para o futuro, como por exemplo, a criação de cursos para adultos, e em quase todas já não exigem o pagamento de propinas.

Apesar de reconhecer, que para já, as escolas profissionais estão melhor preparadas, o director da Escola Profissional Tecnológica e Agrária de Moimenta da Beira, José Almeida admite que, com o passar dos anos, o ensino nas escolas públicas tenderá a aproximar-se das profissionais. Também João Almeida, da Escola Profissional do Alto Douro, considera que embora actualmente os estabelecimentos de ensino profissional tenham mais know-how acumulado "daqui a uns anos as escolas públicas estarão" como as profissionais. É por isso, que todos consideram que se estão a "desbaratar recursos quando se devia estar a congregar esforços".

Para o director pedagógico da Escola Profissional de Tondela, João Carlos Figueiredo, estão a ser jogados fora "anos de sacrifícios enormes, em que as escolas profissionais tudo fizeram para se apetrecharem, com a qualidade máxima. É uma aberração que as escolas públicas venham agora dar as mesmas ofertas".

Muitos chamam de desleal a concorrência das escolas públicas. Para Maria Manuel Loureiro, directora financeira da Profissional de Santa Comba Dão, as escolas públicas acabam por ter a vida facilitada. "Os alunos já frequentam a escola. É mais fácil reunir esforços para os manter do que criar medidas para os atrair".

Para alguns directores, a diminuição de alunos nas escolas profissionais é já uma certeza para o futuro, conforme, por exemplo, assegura João Almeida. Para outros, o próprio mercado de trabalho fará a selecção e, mais cedo ou mais, tarde os alunos vão perceber as diferenças e vão optar pelas escolas profissionais, considera Arcides Baptista Simões, director da Escola Profissional de Torredeita.

Fonte: Jornal do Centro

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa tarde, gostaria de deixar o meu comentario neste questão das escolas profissionais, o que se esta a ver e que o ensino profissional em muitos dos lados não tem qualidade no ensino, e o mal começa logo por aqui, não apostam em pessoas com qualidade e acima de tudo das areas especificas, como se pode ver em algumas escolas por onde passei professores de Biologia ou de quimica a leccionarem area praticas de animação ou de hotelaria entre muitas outras, e um conselho que dou a todos os responsaveis das escolas profissionais, contratem pessoal com qualificaçoes nas areas especificas
Boa sorte para todos os alunos, um bom ano lectivo
Ass:João Carlos