quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Pai e filho morrem quando iam para o trabalho - N226

Ainda o dia mal raiava e já um acidente ceifava as vidas de pai e filho. Foi na recta de uma estrada acabada de ser beneficiada, para os lados de Prados de Baixo, em Moimenta da Beira, vila que agora se veste de luto.
Pai e filho perderam a vida, ontem de manhã, vítimas de um aparatoso acidente de viação, que envolveu o motociclo onde seguiam e um veículo ligeiro conduzido por um militar da GNR em início de carreira.

O desastre ocorreu cerca das 7.30 horas, ao quilómetro 52,2 da Estrada Nacional 226, junto à aldeia de Prados de Baixo, a seis quilómetros da vila de Moimenta da Beira, sede de concelho, de onde eram naturais e residentes as duas vítimas mortais.
Morreram quando iam a caminho do trabalho, para uma obra de construção civil.

João Paulo Ramos Augusto (filho), de 17 anos, faleceu no local do acidente. O pai, Manuel Cardoso Augusto (Manuel Gaio, como é conhecido), de 41 anos, morreu menos de horas depois nos cuidados intensivos dos Hospitais da Universidade de Coimbra, para onde tinha sido transportado de helicóptero, dada a gravidade das lesões sofridas.

"O ligeiro ia a ultrapassar o motociclo quando este estava a mudar de direcção, colidindo e arrastando-o mais de vinte metros pela estrada", contou ao JN o comandante dos Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira, José Alberto Requeijo.

O Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da Brigada de Trânsito (BT) da GNR de Viseu, esteve no local a fazer a peritagem, e leva em conta o facto de naquele troço as ultrapassagens serem proibidas e a estrada ter traço contínuo (descontínuo apenas nas saídas para as localidades).

O depoimento de uma testemunha, que terá presenciado o acidente, deverá contribuir para o apuramento das causas do desastre. "Foi essa testemunha que deu o alerta às autoridades", disse ao JN o alferes Gonçalo Brito, comandante do destacamento de Moimenta da Beira da GNR.

O militar que conduzia o veículo, ia entrar em serviço no posto de Sernancelhe. "Seguia na sua viatura particular e sofreu ferimentos ligeiros. Por precaução, foi transportado ao Hospital de S. Teotónio, em Viseu", afirmou ainda o graduado da GNR.

Ao longo da manhã de ontem dezenas de pessoas estiveram no local do acidente. Comentavam sobretudo a forma estranha do embate que acabou em tragédia.
"Como foi possível em plena recta? Com tanta visibilidade à frente?", questionava Mário Santos Silva, de Trancoso, que esteve duas horas no local à espera que o corte de estrada fosse levantado para seguir viagem.
"Eu não vi, mas é uma coisa muito estranha. Ultrapassar neste local? Com risco contínuo? Que coisa confusa!", desabafava José João de Sousa, de S. João da Pesqueira.
Naquele troço da EN226 não há registo de níveis elevados de acidentes. Muito menos com consequências tão graves como o de ontem.

"É certo que a estrada esteve em obras, que melhoraram imenso as condições do piso, o que permitiu o aparecimento de alguns aceleras. Mas não tem havido nada de especial. É aliás o primeiro acidente que aqui acontece depois dos trabalhos de beneficiação. Espero que seja o último, para bem da segurança de todos os que aqui circulam", diz um morador de Vila da Rua. (Fonte: JN)

Os Bombeiros Voluntários de Moimenta da Beira deslocaram-se para o local com 5 viaturas e 16 Homens auxíliados por um Helicópetero do INEM e a VMER de Viseu.


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4 comentários:

Anónimo disse...

mais uma vez parabens aos nossos bombeiros. fizeram tudo o que podiam.

Direcção IAC disse...

Bombeiro de Moimenta da Beira com um exelente trabalho como sempre

Anónimo disse...

Depende de todos nós,para diminuir-mos a sinistralidade municipal....
Vamos ter mais juizo pelas estradas...

Parabens ao bombeiral...fizemos de tudo....Cumprimentos

Anónimo disse...

Os bombeiros fizeram de tudo, inclusive rirem-se no local do acidente quando foram fotografados pelo JN.