Guarda é o único distrito, a norte do rio Mondego - e um dos poucos do país - onde o Estado se propõe investir menos em 2009 do que no ano em curso. De acordo com o PIDDAC, o distrito perde quase 2,5 milhões.Todos os outros distritos (Aveiro, Viseu, Viana do Castelo, Braga, Bragança , Vila Real e Porto) vão ter mais verbas, ainda que haja municípios sem dotação.
O ramal ferroviário e os acessos ao porto de Aveiro têm atribuídos 33 milhões de euros, uma verba equiparável ao conjunto dos estímulos à modernização das empresas (17,2 milhões de euros), competitividade agrícola (16 milhões) e promoção dos produtos de pesca transformados (1,6 milhões). As obras de defesa da costa, nos troços críticos de Espinho, Esmoriz, Cortegaça,
Furadouro e Vagueira, levam mais de 12 milhões de euros de um "bolo" de 111,4 milhões, que contrasta com os 63,5 milhões de euros de 2008.
O investimento no distrito (de Viseu) cresce quase 30%, de 54,6 milhões, em 2008, para 70,7 milhões de euros, em 2009. Mas há cinco concelhos (Armamar, Oliveira de Frades, Penedono, Tarouca e Vouzela) que ficam em branco, os três últimos pelo segundo ano consecutivo. Inscritos, pela primeira vez, estão os três Serviços Básicos de Urgência (SUB) de Cinfães, Moimenta da Beira e SP Sul, Lamego não vê contemplada a construção do hospital e Viseu volta a ver adiada a linha ferroviária e a autoestrada 24 (A24) para Coimbra.
A construção do Museu do Côa continua como a ser a obra do regime, num ano em que o distrito da Guarda perde quase 2,5 milhões de euros no PIDDAC. Devendo ser inaugurado em 2009, tem uma dotação de mais de 2,9 milhões de euros. Mais do que o investimento previsto para a capital de distrito. Aguiar da Beira e Trancoso não têm qualquer verba inscrita.
Seis dos 12 concelhos de Bragança ficam de fora do PIDDAC. Ainda assim, o investimento no distrito, regista um crescimento de 45,1 milhões (em 2008) para 88,4 milhões de euros. A esquadra da PSP de Mirandela e o novo centro de saúde de Bragança são dois dos investimentos previstos.
Após três anos consecutivos no último lugar, o distrito de Viana do Castelo vê inscritos 42,3 milhões de euros (mais 14,4 do que em 2008), passando para antepenúltimo. Destaque para os acessos rodoviários ao porto de mar, com 2,5 milhões de euros.
Braga lidera o "ranking" dos 14 concelhos, com 40,6 milhões de euros. Um acréscimo acima dos 100%, justificado pela construção, em curso, do Laboratório Internacional de Nanotecnologia, que absorve 37 milhões. A pensar na Capital Europeia da Cultura, em 2012, Guimarães recebe 13,9 milhões de euros.
O distrito de Vila Real, vai ter 72,9 milhões, mais 21 milhões do que em 2008. Seis concelhos não têm dotação: Alijó, Boticas, M. Frio, Montalegre, R. Pena e VP Aguiar. Os mais beneficiados são Vila Real (2,15 milhões), Chaves (1,15) e Régua (992 mil euros).
Fonte: JN
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