sexta-feira, 7 de novembro de 2008

37,5 milhões de euros para novos projectos

Pela primeira vez há dinheiro para apoiar projectos no âmbito do Plano de Desenvolvimento Turístico do Vale do Douro. São 37,5 milhões de comparticipação comunitária que poderá gerar investimentos globais de 50 milhões.

O plano, designado de PDTVD, foi apresentado há quatro anos e meio, e revisto nos últimos meses pela Estrutura de Missão do Douro. Contam-se pelos dedos de uma mão os projectos concluídos: a Escola de Hotelaria e Turismo de Lamego, as Aldeias Vinhateiras do Douro e o combate às dissonâncias ambientais. De resto, pouco mais passou do papel.

Para relançar o PDTVD, a Comissão Directiva do "ON.2-O Novo Norte", anunciou, ontem, na Régua, um orçamento de 37,5 milhões de euros para financiar projectos em duas áreas: infra-estruturas e imaterial. O presidente da Comissão, Carlos Lage, justifica o montante com o facto de o Douro ser um "destino de vocação turística internacional que merece uma discriminação positiva". "Pela primeira vez há uma região que tem uma estratégia e, no seu programa operacional, um orçamento afecto exclusivamente à sua concretização", notou Ricardo Magalhães, chefe de projecto Missão do Douro.

No âmbito das infra-estruturas destaca-se a intenção de qualificar a Estrada Nacional 222, desde Resende até Vila Nova de Foz Côa, por ser "uma via panorâmica fundamental para o turismo"; a requalificação de cais no rio Douro; alargar o projecto das Aldeias Vinhateiras, dando-lhes dinamismo para gerar emprego; aumentar a sinalização da região; combater os atentados ambientais; qualificar os espaços que marcam a identidade da região, bem como os centros históricos dos concelhos.

No campo imaterial, Ricardo Magalhães adiantou que vai ser criada "uma rota de escritores, pintores e outros artistas que nasceram, trabalharam ou viveram no Douro"; serão estimulados projectos de animação, pois "a festa local é necessária há que ir mais além"; e quer ainda um guia para os turistas, "para que logo no hotel saibam o que podem fazer na região".

A vogal executiva da Comissão, Cristina Azevedo, preferiu destacar o "rigor" que vai rodear o processo. Será privilegiada "a escala regional ou inter-municipal", as parcerias entre agentes privados ou público-privadas , bem como a "sustentabilidade dos projectos, em termos de viabilidade económica, geração de riqueza e emprego". São abrangidos os municípios de Alijó, Armamar, Baião, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Miranda do Douro, Mogadouro, Moimenta da Beira, Murça, Penedono, Régua, Resende, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Flor, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.
Fonte: JN

3 comentários:

Hugo Santos disse...

Bom Dia,

Existe uma coisa engraçada com o nosso concelho que às vezes me deixa confuso...porque é que para umas coisas pertencemos à região do Douro (Vale do Douro) e para outras não?

Não sei se isto é bom ou mau.

Abraço

Anónimo disse...

são os joguinhos de interesse por parte da politica interior douriense. as quintas valem muito e o vinho também. os patos bravos é que gerem o mercado.

Anónimo disse...

Posso assinar por baixo?