segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Estudo do INEM contesta aquisição de helicópteros

Aparelhos novos, prometidos por Correia de Campos para 2008, devem chegar até final do ano.

Os três helicópteros prometidos ao INEM, em 2007, como contrapartida pelo fecho de urgências, devem estar operacionais até ao final do ano. Um estudo do instituto conclui, no entanto, que não há necessidade de alargamento do serviço.

O estudo é do próprio Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e começa por questionar a necessidade dos novos helicópteros, que deverão ser colocados em Macedo de Cavaleiros, Moimenta da Beira e Ourique. Já a conclusão, de acordo com a Agência Lusa, é que não existe "evidência de que a capacidade de resposta do actual Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM) esteja esgotada e, portanto, de que haja necessidade de alargar o serviço".

"Pelo contrário, a capacidade instalada está subaproveitada", já que, "em média, cada helicóptero disponibilizado 24 horas por dia, sete dias por semana e 365 dias por ano não realiza sequer um transporte por dia", avalia o INEM.

O documento também indica que "os helicópteros são o meio mais dispendioso de que o INEM dispõe", tendo custado ao instituto, em 2007, 14 137 euros por dia.

Apesar dos resultados da investigação, o presidente do INEM, escusou-se, no entanto, a afirmar se concorda ou não com os novos meios. "Acredito que, face à decisão tomada, são necessários", acabou por afirmar Abílio Gomes e sublinhando que, depois dos helicópteros estarem operacionais, serão sujeitos a uma avaliação de custo-benefício. "Temos de saber qual a rentabilidade, em termos operacionais e em termos do confronto com o investimento que se fez", defendeu.

A promessa de três helicópteros de Suporte Imediato de Vida (com um enfermeiro e um técnico de emergência médica) foi feita em Abril de 2007 pelo ministro da Saúde, António Correia de Campos, como contrapartida pelo fecho de serviços de atendimento permanente nos centros de saúde e urgências hospitalares. Correia de Campos prometeu que os novos aparelhos estariam a funcionar um ano depois, em Abril de 2008. Ainda não estão.

Questionado sobre esse atraso, Abílio Gomes limitou-se a garantir que o INEM "está a trabalhar" para que cheguem até ao final do ano. O presidente do INEM recordou que "os concursos têm as suas vicissitudes" e que os concorrentes podem contestar.

Dois aparelhos custam cinco milhões por ano

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) gastou, em 2007, cinco milhões de euros com os dois helicópteros, actualmente operacionais. A despesa representa 9% do orçamento total do organismo. Segundo um relatório elaborado em Maio de 2008, o INEM gastou, em média, 14 137 euros por dia com o Serviço de Helicópteros de Emergência Médica (SHEM). Os dois helicópteros estão estacionados nas bases de Tires e Matosinhos e funcionam em regime de "outsourcing". O serviço está operacional desde 1997 mas só desde 2002 é que os aparelhos estão disponíveis 24 horas por dia e todos os dias do ano. Entre 1997 e 2007, os aparelhos cumpriram 4562 missões de emergência médica. O INEM dispõe ainda de meios aéreos alternativos, nomeadamente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, com bases em Viseu e no Algarve, e da Força Aérea Portuguesa; e assegura, desde 2002, as equipas médicas destacadas para o helicóptero estacionado em Santa Comba Dão, que funciona no período nocturno.

Fonte:JN

1 comentário:

Hugo Santos disse...

Boas,

Era bom que o que aqui está escrito estivesse correcto mas suspeito que há algo que não bate certo.

Penso que o Heli não tá previsto para Moimenta da Beira mas sim para Aguiar da Beira...

Até hoje sempre apareceu que era Aguiar por isso é bem provavel que seja engano do JN.

Antes fosse MOIMENTA...

Abraço a todos