domingo, 27 de fevereiro de 2011

Maçã de Moimenta da Beira quer conquistar mercado interno

A maçã de Moimenta da Beira desceu à capital e fez mostra na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL). Uma presença no stand do Turismo do Douro com um objectivo bem definido: «reconhecimento por parte do mercado com vista a assegurar rentabilidade» adiantou a Cooperativa Agrícola do Távora.
Na cota dos 700 metros de altitude, em 300 hectares de terra, plantam-se macieiras que originam maçãs «suculentas, crocantes e de polpa consistente».
Quem o explica é Vítor Pereira, da Cooperativa Agrícola do Távora, entidade que comercializa a maçã sob a denominação de «Moimenta», onde se destaca a variedade «maçã bravo de Esmolfe» (aldeia do concelho de Penalva do Castelo), de pele branca, calibre médio a pequeno, um aroma intenso.
A presença na BTL insere-se no conjunto de iniciativas empreendidas pela cooperativa localizada na Região Demarcada do «Távora – Varosa» (situada a norte das Beiras, faz fronteira com a região do Douro) para promover o fruto. «Queremos que esta maçã seja reconhecida pelo consumidor. É um produto de qualidade como outras maçãs com origem internacional à venda em Portugal», diz o mesmo responsável, concluindo: «Se o consumidor paga um preço elevado por uma maçã francesa, poderá fazê-lo por uma portuguesa».
O reconhecimento, defende o responsável pela Cooperativa, «vai trazer mais procura, melhor preço de comercialização e, consequentemente, mais rendimentos para o agricultor».
No total, a região é responsável por 50% da produção do país. Portugal produz 200 mil toneladas de maçã, na região de Moimenta produzimos 100 mil toneladas. Anualmente, a Cooperativa Agrícola do Távora recebe entre seis a sete mil toneladas», explica Vítor Pereira.
Actualmente a produção local não passa as fronteiras portuguesas. O objectivo da Cooperativa é começar a escoar a nível internacional.
«A exportação é um rumo possível, embora não seja prioritário porque cá dentro conseguimos escoar todo o produto». Vítor Pereira acrescenta ainda que «há gente e terra para produzir mais internamente e importar menos. O Estado só se lembra de dar apoios à exportação e esquecesse de apoiar a produção nacional que pode atenuar a importação». Fonte:CaféPortugal

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