sábado, 8 de outubro de 2011

«Crime» - Arguidos acusados de roubos em supermercados e ourivesarias semeavam o pânico - DIAP

O grupo de arguidos acusados de roubos em supermercados e ourivesarias da região Centro atuava de "forma muito bem organizada" e semeava o pânico nos assaltos, revelou hoje fonte do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Coimbra.

 

O gabinete de imprensa da Procuradoria-Geral da República anunciou hoje que o DIAP de Coimbra deduziu acusação contra dez arguidos, seis dos quais se encontram em prisão preventiva, pela prática de vários roubos em supermercados e ourivesarias da região Centro.
"Era um grupo muito bem organizado, bem preparado, estudava bem os locais [dos roubos]", revelou hoje uma fonte do DIAP de Coimbra à Agência Lusa.

Ao apresentarem-se armados, encapuzados, envergando coletes à prova de bala (alguns com a indicação `Polícia`), gorros, `passa-montanhas`, luvas, capacetes e óculos escuros, geravam "uma onda de pânico" entre clientes e funcionários dos estabelecimentos comerciais assaltados, apesar de durante estes crimes nunca terem sido efetuados disparos, acrescentou.

Detidos pela Diretoria do Centro da Polícia Judiciária (PJ), no âmbito da operação designada por "Mosqueteiros", os arguidos perpetraram cerca de dezena e meia de assaltos à mão armada em supermercados situados em Coimbra, Miranda do Corvo, Condeixa-a-Nova, Montemor-o-Velho, Pombal, Viseu e Tomar e a ourivesarias localizadas em Coimbra, Carregal do Sal, Moimenta da Beira e Santa Comba Dão.
"Na prática desses crimes, os assaltantes utilizavam veículos furtados ou roubados, com violência, aos quais aplicavam matrículas falsas. Atuavam encapuzados, fortemente armados, e penetravam nos estabelecimentos com grande aparato", revelara a PJ em comunicado divulgado em julho de 2010, aquando da detenção.
A mesma fonte do DIAP disse hoje à Lusa que o núcleo duro do grupo inclui cinco homens, um dos quais de nacionalidade espanhola, e que o seu líder é um indivíduo proprietário de um café na Lousã.

Em julho do ano passado, uma fonte policial referiu que nos sete roubos perpetrados nas lojas das cadeias Intermarché e Lidl os assaltantes entravam nos estabelecimentos à hora do fecho, quando lá se encontravam os últimos clientes a fazer compras, neutralizavam os seguranças, ordenavam às pessoas para se deitarem no chão e encaminhavam os funcionários para a zona do cofre, obrigando-os a abri-lo.

Estes roubos "renderam" mais de um milhão de euros e num deles, em Coimbra, roubaram o carro a uma mulher pelo método de "carjacking" (sob coação ou violência), referiu ainda, na altura, esta fonte policial.
Os arguidos, alguns com antecedentes criminais, são oito homens e duas mulheres e são acusados também dos crimes de associação criminosa, detenção e crime cometido com arma, resistência e coação sobre funcionário e recetação, entre outros delitos.

Os crimes foram perpetrados na região Centro do país durante o final do ano de 2009 e o primeiro semestre de 2010, segundo o comunicado do gabinete de imprensa da PGR.
O processo foi remetido ao Tribunal Judicial da Lousã, para julgamento.

Fonte: Rtp.pt

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